Os 2 tipos de deserto


Como podem perceber, li por esses dias o livro "A Excelência da Sabedoria", do Bispo Macedo, e fui muito abençoada através dessa leitura - e compartilhei essa bênção com vocês aqui no blog. Esse livro é um estudo do livro de Provérbios, ou seja, uma interpretação profunda sobre os sábios conselhos ali registrados.

Mas algo que me chamou muita a atenção nessa leitura - que, inclusive, eu não sabia. Descobri que existem dois tipos de deserto. 

Bom, todo mundo já sabe que chamamos de deserto os longos períodos de lutas, tribulações e provações, pelos quais todas as pessoas passam ou passarão um dia - lembrando que doenças e enfermidades NÃO fazem parte disso, uma vez que Jesus já levou todas elas na cruz, por isso é direito de todos ter uma saúde de ferro; mas fazem parte do deserto determinadas situações difíceis que demoram um tempo para mudar, que exigem perseverança por parte daqueles que as enfrentam, que de certa forma nos abalam para que venhamos a exercitar nossa fé. A história de cada pessoa é diferente, por isso os desertos também são diferentes: enquanto o deserto para uma está relacionado a vida sentimental, para outra, está relacionado a vida financeira, ou espiritual, ou familiar, etc.

O primeiro tipo de deserto é aquele para o qual os nossos próprios erros nos levam.
"Se você cometeu grave erro e está no deserto, então, deve manter-se firme, sendo naturalmente disciplinado. O Espírito Santo o repreenderá sem desampará-lo [...] você se renovará para seguir o caminho do bem e tornar-se um exemplo para outros que estejam vivendo erradamente[...]"
- A Excelência da Sabedoria, pgs 48 e 49

Foi o que aconteceu com Davi. Ao se envolver ilicitamente com Bate-Seba, e fazer o que era mau perante os olhos de Deus, o seu grave erro o levou a momentos de grande angústia, arrependimento, tribulação e vergonha. Por causa de seu pecado, Davi se conduziu ao seu próprio deserto, no qual ele estava colhendo os frutos maus das sementes más que plantou em seu ato pecaminoso. Ele, profundamente arrependido, se humilhou ao Senhor e pediu perdão. Deus o perdoou, mas, da mesma maneira, Davi arcou com as consequências de seus atos, uma vez que o perdão de Deus não as anula.

O segundo tipo de deserto é aquele para o qual Deus nos leva com a intenção de nos usar.
"Sabemos que ao querer usar alguém, Deus o leva ao deserto, assim como Ele fez com Moisés e até mesmo com o próprio Senhor Jesus. A disciplina e a repreensão de Deus não servem apenas como preparação para coisas grandiosas, mas, principalmente, para a salvação da alma."
- A Excelência da Sabedoria, pg 49

Como o próprio trecho já diz, isso aconteceu com Moisés e o Senhor Jesus. Ambos foram escolhidos para uma grande e especial missão, e precisavam ser preparados para tal coisa - e olha que Jesus é o próprio filho de Deus! Se ele precisou passar pelo deserto para ser preparado, imagine nós?! - para que não falhassem mais tarde no cumprimento da missão.

O deserto, independentemente de quem nos levou até ele - seja nós mesmos ou Deus - é uma oportunidade de demonstrarmos a nossa fé e adquirirmos experiência. No deserto descobrimos quem realmente somos, conhecemos até onde vai a nossa crença em Deus e provamos de Seu cuidado e poder. O deserto nada mais é do que uma escola, um túnel escuro e extenso, que nos levará até a vitória e a superação.

Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.


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